terça-feira, 27 de julho de 2010

"Que saudades,ELIS"

                                             "QUE SAUDADES, ELIS"         

Espetáculo de ballet apresentado pelo grupo:  "STAGIUM"
Teatro:   São Pedro

     Barra Funda.  Teatro São Pedro.  Restaurado, tombado, patrimônio histórico.
     Sábado chuvoso.  A casa não está cheia...
     De repente, uma música no mais alto volume invade todo aquele espaço.
     Ouve-se  "FASCINAÇÃO".  É a voz da inesquecível  "ELIS".
     A plateia faz  silencio absoluto.
     Bailarinos coloridos...muito coloridos entram em cena.  Até parece que a imortal ELIS vai entrar também, tão forte se faz a sua lembrança.
     O show se inicia e a voz melodiosa, sensual, cheia de balanço de Elis continua:  "Marandaia",  "Sabiá",  "Agora tá", "Saudosa maloca",  "O primeiro jornal",  "Dois pra lá, dois pra cá", "Maria Maria".  O grupo leve, solto e criativo com movimentos acrobáticos encanta, confunde, maravilha... e faz ELIS mais viva que nunca em nossa memória, em nosso coração.
     O ballet Stagium termina a primeira parte do espetáculo  "Que saudades, ELis".  Foi tudo tão rápido.  Deixou-nos no climax da emoção, deixou-nos aquela sensação de "foi pouco, queremos mais".
     Inicia-se, então, a segunda parte:   "Dance la que eu danço cá".   Outra surpresa!
Sons harmoniosos, suaves, numa combinação perfeita: é a musica de Johann Sebastan Bach que, agora, nos embala. Os bailarinos aparecem diferentes, comporrtados, em movimentos leves, parecendo flocos de algodão jogados do céu, pairando no ar, descendo...descendo... até encontrar uma superfície qualquer para finalmente pousar.
     Outra surpresa! Aquela suavidade é interrompida. Ouve-se o canto choroso, inconfundível de Clementina de Jesus, trazendo-nos nossos clássicos sertanejos, músicas de raiz: Mario Zan, Nonato e Dorinho, Zé Tapera, Pedro Bento e Zé da Estrada,
     Neste momento, vemos o que parecia ser quase impossível.  Os passsos de um ballet clássico de pontinha de pé passam para um balé clássico sertanejo, ao ritmo e som de Sebastian Bach...Mario Zan... Bach... Pedro Bento...Bach...Patativa do Assaré...Os pezinhos ligeiros dão conta do inusitado.  É possível sim.  Tudo isso está diante de nossos olhos...
    Aplaudir é pouco, mas qual outra forma do público demonstrar sua gratidão, seus sentimentos?

Parabéns a toda Equipe.
Parabéns a Marika Gidali (direção)
Parabéns a Decio Otero (Coreografia)

Texo de  Hirtis lazarin

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HIRIS LAZARIN