quarta-feira, 28 de julho de 2010

Até parece que o Bruninho já sabe ler...

Eu sou o Bruno.
Hirtis é a minha vovó.
Façam como o meu papai Fabio e a minha mamãe Erika.
Comprem muitos livrinhos às suas crianças.  Elas vão adorar.
                                 Eu adorooooooooooooo.


                

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Que saudades,ELIS"

                                             "QUE SAUDADES, ELIS"         

Espetáculo de ballet apresentado pelo grupo:  "STAGIUM"
Teatro:   São Pedro

     Barra Funda.  Teatro São Pedro.  Restaurado, tombado, patrimônio histórico.
     Sábado chuvoso.  A casa não está cheia...
     De repente, uma música no mais alto volume invade todo aquele espaço.
     Ouve-se  "FASCINAÇÃO".  É a voz da inesquecível  "ELIS".
     A plateia faz  silencio absoluto.
     Bailarinos coloridos...muito coloridos entram em cena.  Até parece que a imortal ELIS vai entrar também, tão forte se faz a sua lembrança.
     O show se inicia e a voz melodiosa, sensual, cheia de balanço de Elis continua:  "Marandaia",  "Sabiá",  "Agora tá", "Saudosa maloca",  "O primeiro jornal",  "Dois pra lá, dois pra cá", "Maria Maria".  O grupo leve, solto e criativo com movimentos acrobáticos encanta, confunde, maravilha... e faz ELIS mais viva que nunca em nossa memória, em nosso coração.
     O ballet Stagium termina a primeira parte do espetáculo  "Que saudades, ELis".  Foi tudo tão rápido.  Deixou-nos no climax da emoção, deixou-nos aquela sensação de "foi pouco, queremos mais".
     Inicia-se, então, a segunda parte:   "Dance la que eu danço cá".   Outra surpresa!
Sons harmoniosos, suaves, numa combinação perfeita: é a musica de Johann Sebastan Bach que, agora, nos embala. Os bailarinos aparecem diferentes, comporrtados, em movimentos leves, parecendo flocos de algodão jogados do céu, pairando no ar, descendo...descendo... até encontrar uma superfície qualquer para finalmente pousar.
     Outra surpresa! Aquela suavidade é interrompida. Ouve-se o canto choroso, inconfundível de Clementina de Jesus, trazendo-nos nossos clássicos sertanejos, músicas de raiz: Mario Zan, Nonato e Dorinho, Zé Tapera, Pedro Bento e Zé da Estrada,
     Neste momento, vemos o que parecia ser quase impossível.  Os passsos de um ballet clássico de pontinha de pé passam para um balé clássico sertanejo, ao ritmo e som de Sebastian Bach...Mario Zan... Bach... Pedro Bento...Bach...Patativa do Assaré...Os pezinhos ligeiros dão conta do inusitado.  É possível sim.  Tudo isso está diante de nossos olhos...
    Aplaudir é pouco, mas qual outra forma do público demonstrar sua gratidão, seus sentimentos?

Parabéns a toda Equipe.
Parabéns a Marika Gidali (direção)
Parabéns a Decio Otero (Coreografia)

Texo de  Hirtis lazarin

domingo, 25 de julho de 2010

ICAL - INSTITUTO CULTURAL ARTÍSTICO LITERÁRIO DO BRASIL

Silêncio...Momento de criação
Participo do Projeto da Oficina de Textos Ideias e Ideais
ICAL

Naquele dia, acordei cedo para garantir...

                 Naquele dia acordei cedo para  garantir...Bem,voltemos no tempo só um pouquinho. Dirgia-me para mais um dia de trabalho. Mil idéias fervilhavam em minha cabeça. A Empresa estava prestes a lançar um novo projeto no mercado de trabalho e nossa equipe, nos últimos seis meses, dedicou tempo quase integral na sua elaboração.
    O sol, já bastante forte para aquele horário, queimava meu rosto e o trânsito já se apresentava crítico: carros quase parados, guardas apitando, vozes alteradas de motoristas impacientes na ânsia de saber o porquê daquela confusão tão cedo.
    Hoje, estar estressado parece ser a regra geral e não um sintoma específico e indicativo de que alguma coisa errada está acontecendo com a gente.
    De repente, no meio de tudo aquilo, uma sensação estranha tomou conta de mim: senti minha cabeça rodopiar, minha visão embaçou e não consegui mais definir as imagens que se me apresentavam.  Os ruídos foram sumindo devagarinho até desaparecerem por completo. Nem sei quanto tempo durou esse torpor.
    Como um robô programado, saí da rota que fazia diariamente, passei por ruas desconhecidas, virei ora à direita, ora à esquerda, entrei em avenidas e fui parar numa rodovia larga. Num movimento brusco, deixei essa via e parei numa estradinha de terra batida.
    Parei o carro. Nem sei porquê. O ar era puro e fresco. Respirei pausadamente desfrutando-o. Aos poucos, fui recobrando a consciência.
    Olhei para os lados e vi uma paisagem verdejante e úmida; árvores altas e floridas margeavam aquele caminho. O silêncio era cortado pelo pio harmonioso de pássaros. Alguns até se arriscavam em se mostrar, mas logo desapareciam por entre galhos estrelaçados como que para protegê-los.
    Fiquei parada um tempão. Abandonei-me de mim mesma. Uma sensação indiscritível tomou conta de mim: serenidade...paz...
    Decidi seguir em frente até o final daquela estradinha. Deparei-me com um casebre caiado de um branco tão branco que ofuscava; estava cravado num ponto bem mais alto àquele em que me encontrava.   Para alcançá-lo, havia uma escada com muitos degraus que ziguezagueavam conforme o desenho do terreno. E aquela paisagem bucólica completava-se com flores de todas as formas e cores, distribuídas em canteiros que obedeciam a uma simetria de causar inveja ao mais hábil paisagista.
    Tudo combinava!  Tudo rimava!
    Mãos de fada...
    Uma brisa tocou-nos a mim e às flores; um perfume delicado expandiu-se no ar. Num passe de mágica, borboletas...muitas borboletas apareceram. Há quanto tempo não as via.
    Era primavera e eu nem sabia. Nem tempo eu tinha...
    Olhei pro alto e me lembrei de Deus. Balbuciei um oração e agradeci. Nesse momento, descobri que "ELE", ao final do sexto dia de sua criação, tomou nas mãos um balde cheínho de tintas e jogou-as sobre o Universo.
    E, no espaço de tempo, entre o céu e a terra, as gotas de tinta foram se misturando em tons mais claros, mais escuros, mais vibrantes. Pincelaram toda  a Terra.   A Terra explodiu em beleza e em cor!
    Subi os degraus e cheguei à porta. Chamei e ninguém apareceu. Girei a maçaneta, a porta se abriu e as dobradiças rangeram alto.
    Fiquei parada curiosa e apreensiva. Ali reinava um silêncio absoluto. Aos poucos, percebo um vulto  se aproximando...A escuridão impossibilitava que fosse identificado. Mas, chegando bem pertinho de mim, olho e não consigo acreditar no que vejo. Grito, mas o grito não sai. Fica sufocado na minha garganta...
    À minha frente estou EU.  É o meu encontro comigo mesma...
    Assustada...Muito assustada...Acordei.
    Acordei mais cedo naquele dia para ganhar tempo e garantir que a racionalidade exagerada que existia dentro de mim abrisse espaço para as emoções que permeiam a

                                 "Primavera da nossa vida"


Primeira contribuiçâo ao Projeto 
Autor: Hirtis Lazarin